9.09.2009

O tom rosa da saudade

Saudade
rosa amorosa,
jardim da minha alma, irrealidade.

Saudade das horas perdidas a tarde
fazendo conta de idade
há setes dias nesta mesma
cidade.

saudade
da viajante liberdade
de sentir-te na eternidade
companheiro sem idade.

Saudade, rosa triste amorosa,
enfeita esta mesa de renda mimosa,
refeição primorosa
menu à Marques de Sade
"Coração com tempero
de impossibilidade".

Amorosa arrependida
saudade
quem sabe
um dia realidade
movida por essa grande vontade
de ter-te, um dia,
de verdade.

Adeus ao quase amor.


Apagam-se as luzes que me ligam as tuas mãos
se rompem os laços que nos tornaram irmãos
peço que não retornem, que se tornem ilusão.

Este magnetismo nunca sentido,
este ser desconhecido,
presente, pungente,
talvez só por mim concebido.

Solitário amor não correspondido
luz que se apaga sem nunca ter luzido,
amor que se vai, se esvai
sem ser vivido.

Que pena, pois minha alma,
agora serena,
volta a calma,
sem gosto,
sem rosto,
pequena...

Toda esta energia,
esta conexão,
não poderia caber  em só um coração...

Quase amor.



O bom de uma amor partido,
é a certeza dele ter ido,
é não esperar a volta,
não sentir revolta.
Não sentir nada,
nada mesmo,
não perder o sono,
a esmo.

É saber que simplismente foi-se,
que nem a morte com sua foice,
pode me ceifar o peito.

Sobrar este sentimento
rarefeito do ido momento
"este não era meu amor perfeito"

Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...