8.11.2009

Não aprendo...mesmo, me ardendo

Eu não aprendo
repito, replico,
suplico, sacrifico,
me rendo.
Não aprendo
sigo sofrendo.

Não, não, aprendo,
entendo,
compreendo,
surpreendo,
imendo,
faço de tudo,
mesmo sofrendo,
mas não aprendo.

Porque me prendo
mesmo não querendo,
por que te amo
mesmo não
te vivendo.

Que ando comigo fazendo?

Porque me sendo,
e não me ascendo,
porque ascendo,
mesmo não sendo
alpinista.

Porque? Porque turista?
nesse afeto
atropelado
no meio da pista,
morrendo no alto do concreto
(futurista amor
incerto).

Porque inseto
que voa à luz,
depois explode
e conduz
a eternidade...
essa vida sem idade
que me seduz
(e torço que seja verdade)

Porque seguimento
proposta e tormento
na mesma aposta
de sentimento?

Porque? Porque?
Momento, tormento
irrompendo
a alma?

(Porque isso me tira tanto a calma?????!!!!)

Não compreendo,
nem lendo na palma
da mão
o destino,
aluzão a este
desatino
ilusão,
vaticino.

Não raciocino,
já perdi o tino,
o tecto do tegumento,
dinheiro e alento,
vivendo ,
sem perspectiva
sem sustento
(não me posso
não me aguento...)

Porque azia cinza cimento
porque luzidia luz de momento...
pisca amor
mas tinta
sofrimento...

Não, não aprendo,
sigo te amando
mesmo tu não me correspondendo.

Cansaço mental...

Apenas me resta o cansaço.
O pastoso sentimento lento,
inelástico, estático e
tenso.
O que penso vôa lento
pelo espaço.
Escasso traço
de momento lúcido,
nada lúdico, rústico
pensamento.
Tenso de sobrevivência,
contando miligrama
em transparência,
no êmbulo que a vida me
empurra, violenta e
sem paciência,
a dose de insônia (homônima
da demência)
calcinando de cansaço o meu
cérebro em ciência.

Eu criança...

ão bom...
viver em qualquer tom,
dançar com qualquer som
atravessar a rua pela mão,
prestar atenção
na formiga,
comer doce até doer a barriga.

Dizer
que a porta foi "abrida"
e no joelho
ter ferida.

Fazer na parede arte
(e na mãe um enfarte!!!)

Pensar sem pestanejar,
que cachorro
fala e não
que não late,
comer um morro
de chocolate.
(e depois fazer
líquidas esculturas
cor de abacate).

Querer
espirrar
e tremer o boca,
sair na rua de touca
(para não pegar frio),
devolver um peixe para o rio
e chorar,
por medo de se perder
no mar.

Ter certeza que a água vai acabar
ver beleza em tudo, até no ar...

só viver (sem pensar)
nem conjugar o verbo amar.

Ser alegria, ser festa,
olhar o mundo por uma fresta
e sorrir.

Sonhar em nunca ter que se despedir
partir, crescer,
se espedaçar...

"Ser" criança,
és o ser, a esperança
afeição e fiança
chave da nave
que transita
nesta esquisita
galáxia,
axial e fantástica
elástica nebulosa "lar".

eternamente e expansão...

A beleza que atrai o olhar que trai.

Amor traído
pelo vidro
da janela.

"Porque sempre há uma mais bela?"

E sentada ao lado,
uma mais fera...
Queria parar o mundo,
só por um segundo,
e ter um pensamento bem forte.

Pararia o tempo
e exterminaria a morte.
Estabeleceria como lei
a boa sorte.
Todo o fraco
viraria forte.

E a tristeza?
Ora, com certeza,
ficaria trancada
em um cofre-forte,

Nós...apertados...louco,alucinados, incoerentes e senescentes.

Bala,
guiada,
perfurou
meu precórdio,
escorregando ódio e fel,
só sobrando,
por ti
o mel,
o pesar do anel,
e a imensidão
solitária do céu,
negro
sem lua.
Insone noite
que me consome
ilusão.
Alusão,
eterna, interna,
poética embora cética,
à vontade de
ser
tua,
quiçá
terna...
quiçá
nua
de loucura
(e assim factível...)

Cansaço emocional

Insana
humana
sensação.

Espedaçado
pedaço.
Coração no chão.

Trôpego passo,
Cansaço.
Escasso
traço,
esfumaço
de
ti,
segurando
minha mão....

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...