7.07.2009

As Regras

Perdoa-me por meus escarros abjetos de pensamentos,
de restristos momentos de constrição mediado por hormonios...
Nesses dias me saem demônios pela boca e pelos poros.
Sou furia em forma de mulher e qualquer sopro de brisa,
move minha nau de loucura no mar do desassossego.

Perdo-me gritar aos quatros ventos como me angustia a fuga
de nossos fugazes momentos de amor surreal, insano!
Perdoa solemente, estava doente, muito, muito doente
sofrendo da furia que ataca o corpo e a mente
na mesma altura do mes corrente...

Poema de amor perdido

Monografia

Não passo de monografia vazia,
meio sem ter o que dizer, o que fazer,
já há tema de novo dia, a fazer,
e eu aqui ser sem fim perdida em mim.

Não passo de pedaço, monte de lastro,
do farto teu barco chamado bem viver
do teu teatro segunto ato (teu prazer)
Ai que triste,chato e amargurado fim.

serei só o único ser perdido enfim?
umilde de quatro, lambendo o prato
que tu lhe deu, (generoso concedeu!)

sempre assim, mais alfafa ou capim?
para teres o que ruminar, confabular!
(nesse louco labirinto vôo a andar...)

Que fiz eu para te perder?

Sou um elegante livro na estante
que voce nunca vai conhecer
sou estonteante quase virgem
errante do teu saber

Sou astuta, locutora
e puta
por quem morres de
querer

Mas na última madrugada
tentei ser tua amada
acabei melada
triste e amargurada...
(e sem te ter)

Com vergonha e sem pudor
toda cheia de ardor
da dor
do louco e insano
amor...

fico insone e doente
minha mente transparente
fica triste sem tu a ver...

mas me sinto culpada
de ter feito coisa errada
sem ao menos saber

será que não podia falar?
será que não podia conhecer?
será eu antes de mais nada
já estava eu viva a morrer?

como sair...

Laboratório de afeto

Sou pequeno rato triste e sem teto
preso no laboratório de afeto
construído de pixels, mundo inverso,
minha droga é a prosa que converso.

De ti sou uma presa fácil, réu confesso,
de triste crime, mudo, sem voz, perverso
sabendo que mesmo expurio, não certo,
do amor afeto antigo, estive perto!

Mas como luz, fugas, forte, sagaz seduz
teu amor promete o céu só me da cruz!!!
sofro, sofro, tanto que me encanto...

E já me é tão confortável o pranto,
vivo ele imagem de teus olhos de luz
tão pungente e azul como alcaçuz!

Soneto do adeus

Minha alma já tingida de vermelho
se posta nua lá atrás de teu espelho
eu fico partida ao meio ainda nua
sem abrigo, sem saber se ainda tua

Mas me sinto exilada sem motivo
deste rosa sentimento primitivo
que se sabe que só sabe causar a dor
doido, triste e desvalido amor!!!

Não me arrependo, não, não o pretendo,
me postergar, ferir, chorar sem mais sorrir
e vou vivendo a vida não me lendo

vou sorrir sabendo, mesmo não querendo,
enxergar-te no meu leito fluorescendo
como raio de sol da manhã a fulgir

Que tudo finde

Roto é meu peito, nulo o efeito,
da cardíaca nula reanimação
nem enfiando no coração a mão
ele volta monótono e refeito.

È perdido, perdido, nulo efeito,
este meu coração aqui neste peito,
sem jeito, leso, besta, apaixonado
assim como brinquedo feio quebrado

Pergunto-me insistente, sem demora,
impaciente com agonia que presinde,
que faço com minha vida aqui agora?

que faço? (Pois, que agora tudo finde!!!)
Olho e não me vejo nem aqui fora
de vermelho minha vida toda tinge...

Luz fugidia, consumindo-se em pura ilusão

Não há quem um dia a tenha pensado,
muito menos um sequer tenha o visto
sem este teu véu, denso manto alado
que te pousas, com cara azul de bispo

Generosa, imensa , desvalidada
é tua proposta insana, que me torna,
triste, muda, feia e deprimida.
A tristeza me torna fria, combalida...

Me dou conta perdida, ainda insone,
que a tristeza assolou minha vida
após uma alegria que se consome.

que ilumina como luz de fim de dia
que agora se apaga e se some
sem olhar-me com seus olhos de "bom dia"!!!

Quem sou eu

Minha foto
Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...