9.11.2009

Pinóquio



Pinóquio era um boneco com cara-de-pau,
sorria fingindo que não sabia o que era o bem,
ou ser mau.
Mentia pois não sabia falar a verdade,
mas na cara estampava as mentiras da sua distorcida
realidade.

Pinóquio, pobre boneco sem coração,
errava, maltratava em vão,
pois era inocente,
não sabia da verdade,
ele apenas inventava
uma nova realidade...

Inventava por diversão
pois pensava que as pessoas
também não tinham coração,
que podia, mentir, maltratar,
que ninguém sentia,
que ele era o único a sentir
tristeza e agonia.

Achava que atrás da porta do escritório
tinha "o mundo", um grande laboratório,
para seus experimentos sentimentais
e ou outros? apenas animais
para experimento, (que duravam apenas um momento)
manipulados do alto do seu castelo-ilusório,
protegido por fosso de fingimento.


Pobre boneco de madeira,
acorrentado em sua triste cadeira,
com sua cara sardônica, irônica
e solitária.
Sem saber que mentir é feio
em qualquer faixa etária...

Mas nessa, acabou a festa
e pinóquio acabou sem amigo
triste, só e com seu nariz comprido...

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Quem sou eu

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Eu sou o fio que liga os pensamentos... o cio dos momentos de afeto... sou o furo no teto... que deixa ver as estrelas... sou a última... não as primeiras... fico no fim da sala... acalmando a alma... que não cala... silenciosa em desatino... sou as palavras sem destino... voando pela goela... sou a alma que berra... o sentimento insano... sou boneca de pano... na infancia da pobreza... sou o louco que grita... as verdades para a realeza... é sou eu... espelho torto do mundo, amor de Prometeu, fogo ao homem, fome de pássaro pontual e solução de caduceu...